Tuesday, January 22, 2008

Portugal NeoNazi V - O Fumo Passivo, os Gambozinos e a Carochinha


Cartazes publicitários anti tabaco da Alemanha do Terceiro Reich

Uma Mentira Repetida Mil Vezes Torna-se Verdade” – Joseph Goebbels, Ministro do “Esclarecimento” Público e da Propaganda Alemão (1933-1945)


Nas últimas décadas generalizou-se a ideia de que fumar é das piores coisas que se podem fazer à saúde. Os “especialistas” concordam. Os anti-tabagistas esfregam as mãos de contentes e o povo é sereno, encolhe os ombros e arrepia caminho.

O problema é que eu sou do tempo em que o leite artificial era melhor do que o leite materno, que a masturbação causava cegueira, que a homossexualidade era uma doença, que era melhor pôr os recém-nascidos de barriga para baixo nos berços e que a marijuana transformava pessoas normais em loucos homicidas. Todos os “especialistas” concordavam.

Há 30 anos ninguém falava de “nutrição” ou ”calorias” . Em vez disso tínhamos uma coisa chamada “comida” que, comprovadamente, funcionava bastante bem desde há dezenas de milhares de anos.

Nesse tempo em que os comunistas comiam os seus próprios filhos, em que estávamos a beira de uma idade glaciar com o catastrófico arrefecimento global e em que as calças boca-de-sino eram a peça de vestuário mais cool jamais inventada, fui ensinado a pensar por mim próprio.

Sou um produto da velha Europa, sábia, madura, laica, liberal e, verdade seja dita, cínica e com laivos de superioridade. E com todo o gosto. Procuro prazeres sem complexos de culpa de raiz judaico-cristã, sou razoavelmente moderado, extremamente liberal e céptico até à medula. Comparado com a maioria dos portugueses tenho uma extensa formação científica e não papo grupos, não vou em modas, não entro em histerias hipocondríacas das massas.

O cerne da questão, e a única coisa que é verdadeiramente pertinente em todo este debate, é o seguinte: É o “fumo passivo” prejudicial à saúde ou não? E a espantosa resposta, para muitos inacreditável e, para muitos mais ainda, inaceitável, é um rotundo NÃO!

Pessoalmente, não tenho quaisquer dúvidas que o “fumo passivo”, tal como experienciado por qualquer um de nós, na vida real, não faz mal a ninguém.

Para que conste, não tenho qualquer ligação à indústria do tabaco, não sou accionista da Tabaqueira, não tenho pretensões de evangelizar ou converter ninguém e não peço que acreditem nisto só “porque sim”. Peço é que não me encham mais a cabeça, que não falem do que não sabem só porque o fumo do cigarro alheio vos “incomoda”. Façam a vossa própria pesquisa, a vossa investigação, falem com médicos amigos off the record e pensem no assunto seriamente de forma desapaixonada e pragmática. Depois sim, poderemos conversar. Podem ler a maioria dos artigos científicos publicados sobre o assunto a partir daqui.

De forma extraordinariamente resumida posso dizer-vos que dos 147 estudos que conheço que versam o assunto do “fumo passivo” apenas 24 concluíram que existia um “aumento do risco” para a saúde dos não fumadores. Estes estudos apresentam números tão baixos e tão pouco fidedignos, que são estatisticamente insignificantes.

Os dois maiores e mais credíveis trabalhos científicos feitos até hoje são o da Organização Mundial de Saúde (OMS) na Europa, que cobre um período de 10 anos (publicado em 1998) e o dos Professores Enstrom e Kabat, na Califórnia, que usou dados referentes a um intervalo de 40 anos e que foi publicado pelo British Medical Journal em 2003. Ambos falharam em demonstrar qualquer perigo real do “fumo passivo”. A OMS admitiu que os resultados não tinham significado estatístico e tentou fazer “desaparecer” o estudo, deixando de falar sobre o assunto. Enstrom e Kabat concluíram que apesar de não poderem dizer que o “fumo passivo” era absolutamente seguro, o risco era, essencialmente, demasiado pequeno para poder ser quantificado.

Mesmo que não tenham motivação, tempo, paciência ou conhecimentos de base para andar a ler artigos científicos, pensem no seguinte: se um fumador inveterado demora décadas a desenvolver doenças relacionadas com o consumo de tabaco, não acham que um não fumador teria de viver centenas ou milhares de anos para que o mesmo lhe sucedesse? E onde é que esconderam os corpos? Onde estão as certidões de óbito a dizer que a causa de morte foi o “fumo passivo”?

No clima antitabágico dominante do tempo presente, não é politicamente correcto, não é socialmente aceitável e não cai nada bem defender este meu ponto de vista, mas a verdade é que o “fumo passivo” está para as doenças dos não fumadores assim como as armas de destruição maciça estavam para o Iraque de Saddam.

PS: A big “thank you” to Joe Jackson

7 comments:

Piston said...

Deixa-me que te dê os parabéns.
Adoro essa citação e não sabia quem era o autor da frase.
Concordo totalmente com ela e uso-a com frequência.

De acordo. Tirando raras excepções, só me interessa falar do fumo passivo.

Eu também penso pela minha cabecinha. Não engulo tudo o que me dão pela televisão e internet. Sei cruzar informações e sei que a manipulação de informação pode ser algo muito poderoso. Os meus 23 anos nunca poderam servir como contra-argumentação.
Convido-te a ver o documentário neste post http://opistoneacabecadohomem.blogspot.com/2008/01/tristinho.html. Não estou com isto a dizer que acredito em tudo o que nele figura.

Vamos admitir que tens razão (e se isso da OMS é verdade, palminhas), que o fumo passivo não será um problema muito relevante para quem vai a um café.
O que me dizes dos que lá trabalham? Esses têm uma exposição que... Upa Upa (e não há estudo que me desminta nesta matéria).
Como é que esposas de fumadores têm cancro na laringe depois de 50 anos de convívio? Coincidência? Não me parece.

Como é que propões que se protejam os trabalhadores? Não me digas agora que achas que também é preciso ter 500 anos de vida para sentir os efeitos quando se tem uma exposição desta dimensão.

Disse e repito:
Em poucos meses de trabalho num local com fumadores, senti a baixa no meu rendimento físico.

Não tenho o direito de controlar a minha vontade de não ser afectado dessa forma?

Ervi Mendel said...

Oh Piston! O teu documentário tem 2 horas! E eu não tenho tempo porque tenho de responder aos teus comentários :D

Até já começo a desconfiar se não és fumador às escondidas, hehe.

Isto é que vai para aqui um namoro! O pessoal vai ficar mesmo a achar que estamos a viver um arrufo gay!

Ervi

PS: mais logo respondo-te "a sério", agora tenho de ir fumar, comer e fumar mais...

Piston said...

O documentário vale a pena.

O coito anal, tal como o acto de fumar, não é proibido.

Ervi Mendel said...

Afinal já tinha visto este documentário e mais alguns similares. Por acaso o primeiro que apanhei foi na RTP2 aqui há uns anos. Não me converteu mas deixou-me suficientemente curioso para ver/ler mais.

O coital anal não é proíbido entre adultos mas não é coisa comum de se ver em restaurantes e bares, hehe

Ervi Mendel said...

Quanto aos trabalhadores dos cafés, apetecia-me mesmo dizer "who cares? - que se lixe o proletariado", mas vou continuar a fingir que sou uma leguminosa civilizada.

Eu acho que na, para mim remota, eventualidade de o fumo passivo ser nocivo têm de estar cientes desse risco inerente quando aceitam o emprego. Como estão os mineiros, os homens das obras, os estivadores, os médicos e as enfermeiras, os bombeiros, etc, etc.

Não é difícil de acreditar que um estafeta de motocicleta numa grande cidade dê mais cabo dos pulmões num dia de trabalho do que um empregado de bar, numa semana.

Quanto a cônjuges de fumadores é uma excelente questão, em especial porque é virtualmente impossível de provar. Os casais partilham, normalmente, a mesma alimentação, a mesma água, os mesmos cabos de alta tensão, as mesmas lixeiras e centrais nucleares próximas, a mesma poluição do ar, etc,etc pelo que não é possível atribuir ao "fumo passivo" a responsabilidade de um cancro ao fim de 5 décadas de convivência.

As taxas de cancro no mundo ocidental dispararam não porque as pessoas fumam mais, mas sim porque vivem, em média, muito mais tempo.

E o cancro é um fenómeno biológico perfeitamente normal...

Ervi

Piston said...

http://www.ielcap.org/ielcap/famri020107.htm

Gi said...

Ena ... Ena ... Fumar está a fazer-te mal, Ervi, mudastde de tabaco?
Tanto comentário teu nesta caixinha que também mudou o Mundo!
Tinha que vir aqui, activamente, defumar-te.