Top Ten Pequenos Prazeres Infantis

Gosto de apanhar a jeito telemóveis que não são meus. Ao contrário daquilo que possam estar à espera, não me ponho, regra geral, a ler as mensagens, nem a ver as listas de chamadas recebidas/ efectuadas. O que faço, quer seja num espaço público ou em privado, é colocar os telélés à beirinha da mesa onde estão plantados de forma a que quando toquem caiam no chão com a vibração.

Com frequência, olho fixamente para mulheres que não conheço até elas acharem que a) têm os dentes sujos b) têm a braguilha aberta c) me conhecem d) eu sou perigoso e é melhor sair dali.

Gosto de pôr açúcar no chá/ café das visitas que usam adoçante e vê-las deliciadas a elogiar a qualidade da bebida por mim oferecida.

Sinto-me compelido a cuspir de sítios altos. Com a idade deixou de ser importante acertar em alguém e até deixei de fazer pontaria.

Tenho por hábito deixar comentários anónimos em blogues de pessoas que já me conhecem de ginjeira. Para passar despercebido até dou erros ortográficos, mudo o estilo de pontuação e altero o discurso. Raramente sou apanhado.

Vibro sempre que colo pastilhas elásticas em Monumentos classificados como “Património da Humanidade”.

Adoro dar puns no momento imediatamente anterior a sair de uma carruagem de metro ou de um autocarro apinhado. Só é pena que o controle do esfíncter se perca com a idade, o que pode resultar em acidentes lamentáveis (O merdiço vira-se contra o merdiceiro).

Quando ao telefone, gosto de dizer ao meu interlocutor que estou a ouvir bastante mal até este desatar aos gritos e parecer que tenho a função “alta-voz” ligada.

Costumo simular orgasmos rapidíssimos só para exasperar as minhas parceiras. A minha mão direita cai sempre nesta. A esquerda ri-se.

Amo escrever posts em que as coisas mais incríveis são verdadeiras e as mais corriqueiras são fruto da minha imaginação ou das vozes na minha cabeça.