Wednesday, May 21, 2008

Top 5 (Ilustrado) Coisas Que Quis Ser Mas A Minha Mãe Não Deixou

#5 Controlador de Qualidade

Rapazes, não se assustem que a senhora tem umas mãos pequeninas. Além disso, os bacamartes são mesmo XXXL para testar o látex até aos limites. A última coisa que quero é suicídios em massa à conta de uma foto por mim publicada, quer por parte dos machos desmoralizados, quer das fêmeas convictas que têm tido muito azar na vida.

Adorava trabalhar de bata e máscara num ambiente esterilizado, futurista e populado por grandes falos metálicos que por mim passariam firmes e hirtos, dignos e desavergonhados, incansáveis e imutáveis. Vinde a mim herdeiros de Priapo que eu ponho a gabardine para não se constiparem (ninguém quer que vocês comecem todos a espirrar em simultâneo!)

#4 Ascensorista

Sempre quis ser operador de elevador, ter uma farda da Carris, passar o dia a carregar mecanicamente em botões e dizer a todas as loiras oxigenadas: “Ó priti, máinde de dóre”. Sou muito bom a carregar em botões, atrevo-me mesmo a chamar-lhe um dom. Sei instintivamente onde, como, quando e que pressão exercer. Se é para subir ou para descer. Abrir, fechar, encravar. Chamar a assistência sem transpirar.

#3 Gay

Sempre desejei ser gay, fundamentalmente para poder usar roupa muito justa de Lycra colorida e quem sabe umas perneiras às riscas a condizer. A Lycra aconchega de uma forma que nem o ventre materno consegue e é muito menos peganhenta.

Não sei se este estado de coisas se deve ao super-herói que há em mim, mas o mais provável é ser a minha costela de diva a expressar-se sem autorização. Aquela mesma que canta Céline Dion e Mariah Carey no banho e que adora casacos de pele verdadeira, trolhas suados e pequenos-almoços na cama.

#2 Narcotraficante

A única forma viável de, no presente, ser respeitado mesmo usando um bigode ridículo. Nos tempos que correm já nem os treinadores de futebol escapam à gozação, o que é pena, pois é nítido para mim que aquilo que o Benfica precisa é de um mister com uma bigodaça farta.

Ser narcotraficante também possibilitaria a realização de uma outra aspiração de infância pois sempre sonhei com a lavagem de dinheiro. Como perfeccionista não desdenharia passá-lo a ferro com amor e estende-lo na corda da roupa a secar ao sol. O que querem? Tenho alma de doméstica!

#1 O Zé Carioca

Nos estádios mais tenros da minha infância adorava o Mickey. Não percebia que ele era um beto de primeira, sensaborão e moralmente incorruptível. Depressa troquei de ídolo, para o grande Zé Carioca, esse génio fura-vidas, preguiçoso, engenhoso, divertido e nunca aborrecido. E mudar da ratinha Minnie para a passarinha Rosinha não se pode dizer que tenha sido andar de cavalo para burro... (isto seria uma temática perfeita para uma saída só de homens: Minnie vs Rosinha, quem é a mais boa, qual a melhor na cama, quem gosta mais de morder a almofada, qual faz a melhor feijoada?)

2 comments:

Ana Lúcia Pestana said...

:) Valeu a pena retribuir a visita!
E já agora, o meu "Nikky" é diminutivo de Nikkita porque quando eu era miúda queria mesmo era ser assassina profissional... Mas a minha mãe também não deixou...

Anonymous said...

ah ah, adorei a referência ao zé carioca. era uma das minhas personagens preferidas, sempre com o nestor como "sidekick", sempre a meter-se em grandes sarilhos.