Friday, June 15, 2007

O Maior Português de Sempre

Tomás Taveira, esse monstro sagrado da arquitectura de interiores, do Todo Terreno, que com o seu pincel trouxe côr ao Portugal cinzento dos finais de 80.
Não sei se será o melhor português de sempre, mas o maior é certamente. Podem pensar que venho atrasado com esta minha nomeação mas a verdade é que estou adiantado, já é pré-campanha para daqui a 50 anos quando, presumivelmente, Santana Lopes suceder a Salazar e Paulo Portas fôr defensor de si mesmo.

Um homem não é de ferro mas o Tio Tomás anda lá perto. O seu contributo para o país foi excepcional, "A Priceless Input", e acarretou um sacrifício pessoal impossível de quantificar, e se calhar nem a Irmã Lúcia sofreu tanto (recorde-se que a pobre coitada era originária de uma zona cheia de lagartagem, ficou com problemas crónicos de visão por causa do"Milagre do Sol", viu-se orfã de primos, viveu em prisão preventiva e silenciada durante grande parte da vida e foi obrigada a receber a visita do Mel Gibson quando já se encontrava às portas do céu).

Os mais novos de entre vós, queridas ervilhas, podem não ter noção da revolução cultural que o Tio desencadeou, mas a verdade é que nem o Mao Tse-tung conseguiu igual. Sempre firme (bem, quase sempre, às vezes um homem precisa de uma mãozinha) nos seus ideais, empunhou a bandeira do Portugal moderno contra tudo e foi um contra todos décadas antes do Malato.

Alguns acusam-no de não ter sido frontal, de aparecer de surpresa pela porta das traseiras, mas eu pergunto: o Salgueiro Maia foi pedir autorização ao Marcelo Caetano para fazer a revolução? O Otelo contou ao Soares das FP25? O Vale e Azevedo disse aos sócios que ia para roubar o Glorioso a torto e a direito? Essa é que é essa! As revoluções são para doer! E tal como o "25 de Abril sempre" esta foi uma revolução quase sem sangue, mas com muito suor e lágrimas. Foi uma revolução educada, sem cravos é verdade, mas tratando sempre as pessoas por "você", e apaziguando as ansiedades e dores das dita cujas.


Naquele setembro quente de 89, Teresa Guilherme ainda não se tinha esquecido da escova de dentes na cozinha, não existia Gay Parade, a Casa Pia era a orfandade com mais prestígio do país e a sodomia pedófila ainda nem estava prevista na lei. Á excepção do Reinaldo e da Doce, esse pequeno grande evento de esperança reminiscente do General Humberto Delgado, ir ao cú estava decididamente fora de moda no nosso jardim à beira-mar plantado. É que nem sequer a Igreja Católica se esforçava!

Embora os políticos nunca o refiram, a SIB (Sodomia Interna á Bruta) é o índice mais fidedigno de desenvolvimento de uma nação e, ao contrário de todos os outros indicadores, ser a cauda da Europa é uma benção! Obrigado Tio Tomás! Um Grande Bem Haja para você!

http://www.tomas-taveira-proj.pt/

1 comment:

Anonymous said...

Quem te a(cu)de teu amigo é.

Keep on pumpin´

Ziii Chicken.