Nada de sinistro me move a favor da Ana de Amsterdam. Não a conheço. Não quero conhecer. Não fui pago para isto, nem em caril, nem em bebinca. Hoje também nem é o dia internacional da Ervilha Altruísta mas algo me impele a promover o seu blog, o segundo melhor da blogolusolandia.
Ana aparenta ser um mexilhão como os outros, está na rocha que é seu fado e leva quando o mar está danado. O que a distingue dos outros bivalves é o requinte das suas crónicas de escárnio e maldizer, cuja acidez superficial se muta em humor refinado e, não raramente, em amor escancarado.
“Cara Ana de Amsterdam, gosto muito do teu berloque. É tão deliciosamente feminino, cheio de contradições e monhés. Gostava de ser de Corroios, de Casal de Cambra ou do Monte Abraão só para que reparasses em mim. Talvez se eu usasse botões de punho e sapatos de cunha? Ou me chamasse Ervilha Guimarães Carrilho?
Fazes-me sorrir mesmo quando te esqueces do cipralex e choras na sopa. Obrigado por seleccionares e traduzires os “classificados” do Público. Pena é que não compreendas os Led Zeppelin, mas ninguém é perfeito. E fica descansada, que eu nunca conheci ninguém chamada Ana Clara.
PS: Já encomendei o meu novo dicionário da Porto Editora”
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