Monday, June 2, 2008

Top 10 Guilty Pleasures (Semi-Ilustrado)

A Maria num dos seus devaneios mais recentes resolveu passar-me uma corrente intitulada “Guilty Pleasures”.

Ora isto levanta-me sérias dificuldades pois eu não tenho grande familiaridade com o chamado “sentimento de culpa” e muito menos quando este é perversamente associado ao prazer.

Não sei se é por ser um vegetal, se por me comportar como um animal, se por não gostar de água mineral, se por me irritar a herança cultural Judaico-Cristã da coisa, se por ser dotado de uma amoralidade acima da média, mas a verdade é que a culpa só atrapalha e corrói, empata e não produz, vive no passado e não me seduz.

Como tal, e em alternativa, vou antes elaborar uma lista muito diversificada de pequenos prazeres pessoais:

Dar puns no banho de imersão. Ver o cogumelo bolha nuclear, banido pela convenção de Genebra, a emergir em toda a sua glória destrutiva enquanto cantarolo “Hiroshima, meu amor”

Dar puns silenciosos na presença de crianças, animais, idosos ou plantas carnívoras e acusá-los prontamente de dificuldades de domínio do esfíncter.

Dar puns em cerimónias públicas onde estejam presentes os futuros sogros, chefes de estado ou membros da realeza. Admitir que o faço por aconselhamento médico e que, se necessário, posso apresentar um atestado de síndrome do cólon irritável.

Dar puns mesmo na cara da gata e vê-la ronronar de felicidade (sou um querido...).

Dar puns durante o orgasmo. Aconselho-vos a não fazerem isto da primeira vez que estão com alguém novo. Por razões que desconheço parece que não é socialmente bem visto. Eu uso sempre a técnica de “és tão boa na cama que perdi por completo o controlo”. Não só daí para a frente passa a ser permitido expelir ventosidades durante o acto à lá gardére, como elas ficam gratas e comovidas de vocês o fazerem (sou mesmo, mesmo um querido...)

Dar puns durante a fotografia de grupo em casamentos e baptizados. Este não é para amadores pois o ar livre é o inimigo número um do gaseamento eficaz dos convivas.

Dar puns na cama. Sentir as ondas fétidas da paixão a percorrerem o interior do leito e deixar-me embalar num sono reparador ao sabor (odor?) das réplicas.

Dar puns enquanto se está ao computador a escrever posts de forma a substanciar na prática o conhecimento teórico que, por palavras, se tenta transmitir às gerações vindouras.

PS: Como não poderia deixar de ser, este vai gasosinho para si...

7 comments:

Anonymous said...

Oh céus! gajo que é gajo não dá "puns", pá! Dá...enfim...dá...arghh...bufas? :)

Ervi Mendel said...

As ervilhas dão puns, as meninas dão bufas, os meninos dão peidos e a senhoras dão traques...

Toda a gente sabe isso!

Noiva Judia said...

li algures, que na Alemanha inventaram uma maneira de enviar sms's com cheiro (futuramente terás aí mais uma maneira de difundir este teu pequeno prazer).
Para já, ainda bem que essa tecnologia ainda não se aplica ao meu pc, lol!

Su said...

ora aí está aquilo que se chama uma ervilha gasosa.

lloooll

Pacheco said...

Recomendo vivamente o "Dar puns em andamento".

Permite não só afastar-se rapidamente das acres emanações, mas também beneficiar de um boost extra devido a uma sub-espécie de efeito placebo que nos leva a crer que há ali gás suficiente para movimentar um corpo inerte.

p.s. não recomendo a sua utilização em passadeiras de corrida.

Anonymous said...

dá-lhe gás manel!!!

Jorge Pessoa e Silva said...

Dar puns é uma arte ancestral que não deve ser minimizada. E tem rituais que devem ser religiosamente cumpridos, como o graceoso alçar de perna, acompanhado por um rosto em êxtase (cara de parvo mesmo). E o cheio deve ser apreciado sem pressas, qual enólogo.