O que fazer quando nada mais há a dizer
Porquê molestar, moer, triturar, doer
Ocupas-me espaço de memória
RAM, Buffer, Hard Drive
Não sei porquê, pois és escória
Não quero sonhar contigo
Sai do meu abrigo
Larga as minhas saias
Escoa-te das minhas entranhas
Só cacarejas patranhas
Não te quero, vai embora
Contas feitas, noves fora
Some-te, rua, baza
Sai da minha casa
És veneno no sistema
Sempre foste o problema
Não tenho mais sal
Não tenho mais bile
O teu verniz é piroso
Tudo em ti é merdoso
Já lavei as almofadas
Das fronhas adocicadas
Despejei as cigarradas
As comidas enlatadas
As meias desirmanadas
E agora faltas tu
A dos pêlos no cú
Não te quero agarrada
A mesmo nada de nada
Não te quero na pele
Não te quero nas unhas
Não te quero dentro de mim
Nunca mais te quero assim
Deixa-me ser infeliz sózinha
Quero poder chorar pela cozinha
Deixa-me auto-mutilar
Ir em frente sem parar
Sem olhar, atravessar
Que vá um TIR a passar
Depois faz o que quiseres com a polpa de débora
1 comment:
Sem palavras!Ervilha toma cautela, a Débora é muito boa.
Débora, não me parece que a sua excelente "reflexão" seja apenas ficção, é também um grito de alma,precisa de encarar a vida duma forma mais "alegre", o desespero deve ser combatido,peça ajuda aos amigos.
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