Wednesday, July 16, 2008

Menina Lava

A sua auto estima era trágica, mas a sua intuição era mágica. Era a gota transbordante que me faltava a jusante. Não parava, como um rio mas de lava. E eu, aprendiz de geólogo, fui-me pôr no seu caminho com o meu capacete amarelo e um sinal de stop pequenininho. Alto lá menina Lava! A mamã dá licença? Quantos passos? Três à caranguejo! Fé a mais ou Fé de Fénix, sou só cinzas agora, porque a lava, essa, só se trava no mar, onde o geólogo é mexilhão e a menina pode, finalmente, descansar.

PS: A primeira frase foi adaptada de uma legenda em inglês de uma fotografia que vi algures na net. Não faço ideia onde.

6 comments:

Inês said...

Ó Ervi... Devias escrever mais vezes...

Anonymous said...

Um texto pelo qual aguardava há muito, e não é por falares em geologia, é pelo conteúdo poético. Parabéns!

Anonymous said...

Isto parece um pouco piegas para uma ervilha. É tempo de férias e tal, talvez seja isso...

Nikky said...

Amei a ideia por trás das palavras e que quase deixaste transparecer...

@me@@@ said...

Epá... tou aqui que nem posso com este post... eu que adoro ler nas entrelinhas...

Restelo said...

É a lava que corre na tua veia poética?